
Nosso lance é impulsionar direitos juvenis
O Fórum das Juventudes da Grande BH foi criado em 2004 para enfrentar a violação de direitos contra as juventudes e impulsionar ações coletivas, culturais e de periferia na RMBH
Plataforma política
A plataforma política Juventudes contra Violência estabelece 10 pautas prioritárias para que a sociedade civil e os governos possam se comprometer com o enfrentamento às violações de direitos sofridas pela população jovem.
ACESSE
LIVRO 20 ANOS
Resultado de uma produção colaborativa em sintonia com os 20 anos do Fórum das Juventudes da Grande BH, o livro traz relatos e reflexões sobre a história do Fórum e seus processos de mobilização para a ação coletiva.
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MURAL DE DEPOIMENTOS
O que está passando pela nossa cabeça
A oralidade é uma linguagem própria das juventudes. Eu passo a frequentar os Saraus de Periferia no mesmo período que conheço o Fórum das Juventudes. Na minha trajetória, foi fundamental o espaço da Educação Popular, onde é forjada a minha literatura e possibilitou trocas que motivaram a escrita de grande parte dos textos de Interiorana, o meu primeiro livro. Eu costumo dizer que sou cria de um Sarau de Periferia e o Fórum das Juventudes é parte desta construção, que se dá na mesma época e tempo de viver a cidade. Estar em rede fez a minha palavra se espalhar por muitos cantos dessa Belo Horizonte e região. A Educação Popular ampara toda a minha construção poética e é no Fórum das Juventudes que eu experimento e firmo estes passos na minha caminhada. É de afeto e luta o nosso encontro.
Nívea Sabinoescritora, ativista e integrante da rede do Fórum (Nova Lima/MG)
As ações do Fórum sempre envolveram a realização de saraus, convidando a juventude pra recitar, em todos os Okupas, em vários pontos da cidade – no barreiro, no 104, no centro cultural UFMG e em diversos outros lugares. Tudo isso foi muito importante para a construção coletiva de uma rede antenada e em luta contra os problemas que afetam principalmente a juventude negra e periférica, como a violência institucional, a violência policial...
Rogério Coelhomembro fundador do Coletivoz Sarau de Periferia e integrante da rede do Fórum das Juventudes (Barreiro, Belo Horizonte/MG)
No Fórum todo mundo se transforma um pouco. Ninguém sai ileso. E é maravilhoso que isso aconteça! É um espaço emancipatório, um espaço de educação. Por isso, eu vejo um grande potencial na abertura do Fórum às diferentes lutas e pautas. Ele nunca se enrijeceu (pelo menos na minha percepção). Pelo contrário, foi se fazendo muito conforme os movimentos das juventudes e o contexto político; conforme os apontamentos de quem estava presente. Foi respondendo às necessidades do seu momento, e isso é ótimo, porque mostra que tem uma resiliência no Fórum! Ele passa por momentos de mais atividade, depois de menos atividade, mas sobrevive, permanece. Isso é uma qualidade rara!
Áurea Carolinaex-deputada federal (PSOL) e integrante da rede do Fórum das Juventudes
Participei de um processo seletivo que movimentou muito a cidade, no começo da década passada. Era uma proposta interessante, significativa e inovadora de constituição, pela primeira vez, de uma secretaria executiva que coordenaria um grande projeto de incidência. Fui uma das profissionais aprovadas em tal processo e tenho orgulho de ter construído ali um “mix” de trabalho e militância pela garantia de direitos das juventudes. O Fórum já vinha num caminho muito comprometido com a discussão das políticas públicas de juventude, com muitas movimentações, propostas sendo feitas em conferências e em espaços de discussão os mais variados. Naquele momento, avançava um pouco mais, discutindo a letalidade das juventudes, numa conexão muito forte com movimentos sociais.
Vanessa Becoeducadora, ex-conselheira tutelar e integrante da rede do Fórum das Juventudes
A parte mais marcante para mim, dentre todas as experiências vivenciadas no fórum, é a dos modos de fazer da rede: as metodologias de trabalho com juventudes construídas de forma colaborativa. Os processos de elaboração de cada ação e projeto do fórum, nos períodos em que estive envolvida, sempre primaram pela horizontalidade e pela diversidade de olhares, ideias, experiências, saberes, corpos, tornando cada atividade proposta, cada ação realizada, uma grande potência de mobilização e de articulação, por meio da construção e do compartilhamento de saberes e de conhecimentos por todas as pessoas envolvidas nos processos. Há uma marca no fazer do Fórum que reverberou e reverbera também nos modos de fazer dos grupos e coletivos que compuseram e/ ou compõem a rede, e que fazem dela uma referência importante e consolidada no campo das políticas públicas de juventude.
Priscylla Ramalhogestora de projetos na AIC (Agência de Iniciativas Cidadãs) e integrante da rede do Fórum das Juventudes