Plataforma política

A plataforma política Juventudes contra Violência estabelece 10 pautas prioritárias para que a sociedade civil e os governos possam se comprometer com o enfrentamento às violações de direitos sofridas pela população jovem.

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LIVRO 20 ANOS

Resultado de uma produção colaborativa em sintonia com os 20 anos do Fórum das Juventudes da Grande BH, o livro traz relatos e reflexões sobre a história do Fórum e seus processos de mobilização para a ação coletiva.

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MURAL DE DEPOIMENTOS

O que está passando pela nossa cabeça

A oralidade é uma linguagem própria das juventudes. Eu passo a frequentar os Saraus de Periferia no mesmo período que conheço o Fórum das Juventudes. Na minha trajetória, foi fundamental o espaço da Educação Popular, onde é forjada a minha literatura e possibilitou trocas que motivaram a escrita de grande parte dos textos de Interiorana, o meu primeiro livro. Eu costumo dizer que sou cria de um Sarau de Periferia e o Fórum das Juventudes é parte desta construção, que se dá na mesma época e tempo de viver a cidade. Estar em rede fez a minha palavra se espalhar por muitos cantos dessa Belo Horizonte e região. A Educação Popular ampara toda a minha construção poética e é no Fórum das Juventudes que eu experimento e firmo estes passos na minha caminhada. É de afeto e luta o nosso encontro.

Nívea Sabinoescritora, ativista e integrante da rede do Fórum (Nova Lima/MG)

As ações do Fórum sempre envolveram a realização de saraus, convidando a juventude pra recitar, em todos os Okupas, em vários pontos da cidade – no barreiro, no 104, no centro cultural UFMG e em diversos outros lugares. Tudo isso foi muito importante para a construção coletiva de uma rede antenada e em luta contra os problemas que afetam principalmente a juventude negra e periférica, como a violência institucional, a violência policial...

Rogério Coelhomembro fundador do Coletivoz Sarau de Periferia e integrante da rede do Fórum das Juventudes (Barreiro, Belo Horizonte/MG)

No Fórum todo mundo se transforma um pouco. Ninguém sai ileso. E é maravilhoso que isso aconteça! É um espaço emancipatório, um espaço de educação. Por isso, eu vejo um grande potencial na abertura do Fórum às diferentes lutas e pautas. Ele nunca se enrijeceu (pelo menos na minha percepção). Pelo contrário, foi se fazendo muito conforme os movimentos das juventudes e o contexto político; conforme os apontamentos de quem estava presente. Foi respondendo às necessidades do seu momento, e isso é ótimo, porque mostra que tem uma resiliência no Fórum! Ele passa por momentos de mais atividade, depois de menos atividade, mas sobrevive, permanece. Isso é uma qualidade rara!

Áurea Carolinaex-deputada federal (PSOL) e integrante da rede do Fórum das Juventudes

Participei de um processo seletivo que movimentou muito a cidade, no começo da década passada. Era uma proposta interessante, significativa e inovadora de constituição, pela primeira vez, de uma secretaria executiva que coordenaria um grande projeto de incidência. Fui uma das profissionais aprovadas em tal processo e tenho orgulho de ter construído ali um “mix” de trabalho e militância pela garantia de direitos das juventudes. O Fórum já vinha num caminho muito comprometido com a discussão das políticas públicas de juventude, com muitas movimentações, propostas sendo feitas em conferências e em espaços de discussão os mais variados. Naquele momento, avançava um pouco mais, discutindo a letalidade das juventudes, numa conexão muito forte com movimentos sociais.

Vanessa Becoeducadora, ex-conselheira tutelar e integrante da rede do Fórum das Juventudes

A parte mais marcante para mim, dentre todas as experiências vivenciadas no fórum, é a dos modos de fazer da rede: as metodologias de trabalho com juventudes construídas de forma colaborativa. Os processos de elaboração de cada ação e projeto do fórum, nos períodos em que estive envolvida, sempre primaram pela horizontalidade e pela diversidade de olhares, ideias, experiências, saberes, corpos, tornando cada atividade proposta, cada ação realizada, uma grande potência de mobilização e de articulação, por meio da construção e do compartilhamento de saberes e de conhecimentos por todas as pessoas envolvidas nos processos. Há uma marca no fazer do Fórum que reverberou e reverbera também nos modos de fazer dos grupos e coletivos que compuseram e/ ou compõem a rede, e que fazem dela uma referência importante e consolidada no campo das políticas públicas de juventude.

Priscylla Ramalhogestora de projetos na AIC (Agência de Iniciativas Cidadãs) e integrante da rede do Fórum das Juventudes